Clima frio aumenta riscos de doenças como gripes, infecções e alergias Por Ilana Ramos
Coriza, espirros, tosse seca, dores no corpo, febre. Esses sintomas costumam
aparecer com mais frequência quando as temperaturas caem. O ar mais seco, o
aumento da poluição e a tendência de as pessoas ficarem aglutinadas em espaços
fechados são alguns dos motivos que levam ao aumento da incidência das doenças
respiratórias durante as estações mais geladas do ano. Entenda a importância de
uma vida saudável na prevenção das doenças do inverno.
Outono e inverno
são as estações mais propícias para o surgimento de doenças respiratórias. Mais
partículas de poluição e vírus suspensas no ar, além da tendência de as pessoas
procurarem lugares fechados, o que aumentam as chances de contaminação por
vírus. De acordo com o infectologista Jaime Rocha, "os quadros de gripe são
causados pelos vírus influenza e costumam ocorrer em surtos locais. Por outro
lado, os resfriados são causados por diversos tipos de vírus e ocorrem ao longo
de todo o ano, ambos com aumento de incidência durante o inverno. Este fato se
deve a maior transmissibilidade do vírus por as pessoas estarem mais confinadas
e propensas a diversos quadros alérgicos e infecciosos".
Algumas doenças
respiratórias comuns no inverno são as alergias, infecções da garganta e asma
brônquica – ou bronquite. As variações climáticas bruscas e o contato com poeira
e poluentes são as principais causas da rinite e sinusite. "As medidas para
reduzir a incidência de alergias são cuidados ambientais como: adequada limpeza
das roupas de inverno (exposição ao sol), retirada de tapetes, carpetes e
cortinas (melhor piso liso de cerâmica ou madeira), troca de cortinas e
manutenção de uma vida saudável. A melhor forma de garantir uma boa imunidade e
evitar a maioria das doenças de inverno é adotar medidas simples como
alimentação saudável e variada, ingestão de dois litros de água diariamente,
atividade física regular, evitar obesidade e sedentarismo e manter o esquema
vacinal completo".
Apesar de tratamento aparentemente simples, a gripe e
o resfriado podem apresentar complicações em alguns grupos populacionais, como o
de pessoas com mais de 60 anos ou que possuem alguma doença crônica. "Existem
populações com maior risco de complicações dos quadros virais de inverno. No
caso da população acima dos 50 anos, existe uma concomitância de outras doenças
crônicas (diabetes, insuficiência cardíaca) e também existe o fenômeno da
imunosenescência, que é o envelhecimento do sistema imunológico. Esta população
deve tomar a vacina da gripe anualmente e buscar assistência médica para
diagnóstico precoce e tratamento. É importante destacar que os quadros virais
não são mais prevalentes nestas populações, porém esta faixa etária está mais
propensa a complicações (pneumonias, sinusites, bronquite)", explica
Jaime.
A gripe pode trazer graves complicações para pessoas com mais de
50 anos de idade e recebe atenção especial do Ministério da Saúde (MS), que
anualmente promove campanhas de vacinação contra a doença. Pensando em minimizar
a incidência de gripe, o MS preparou uma pequena lista com cinco medidas
preventivas que devem ser amplamente adotadas em todas as épocas do ano. Veja abaixo:
1. Higienizar
as mãos com água e sabão ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou
espirrar, depois de usar o banheiro, antes de comer, antes e depois de tocar os
olhos, a boca e o nariz.
2. Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após
contato com superfícies potencialmente contaminadas, como corrimãos, bancos,
maçanetas, etc.
3. Evitar proteger a tosse e o espirro com as mãos,
utilizando, preferencialmente, lenço de papel descartável.
4. Manter
hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade
física.
5. Pessoas com síndrome gripal devem evitar contato direto com
outras pessoas, aglomerações e ambientes coletivos.
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